quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Sensor/receptor IR para PVRs

Quando pensamos num PVR, como o VDR ou o MythTV, logo nos vem à cabeça a idéia de como iremos controlar remotamente as suas inúmeras funções com conforto e praticidade. Existem várias possiblidades: Infrared, IRDA, Bluetooth, etc. Neste post abordarei o uso do Infrared como elemento de controle remoto em PVRs.

Existem dois tipos básicos de sensores para controle remoto por infrared: serial e conjugado à placa de captura. O primeiro é o mais universal de todos pois exige apenas uma porta serial comum disponível no pc. Este tipo de sensor é extremamente barato e até mesmo façil de implementar. Na página do projeto LIRC existem alguns projetos de receptores seriais prontos para serem construídos em casa.

Figura 1

Na figura 1 acima podemos observar o jeitão de um tipo comercial de sensor/receptor para controles infrared. Dentro da caixinha preta existem apenas uns cinco ou seis componentes bem fáceis de serem encontrados em lojas de eletrônica. Este sensor, compatível com Windows e Linux, é vendido em sites de leilão na internet por preços bem convidativos.

O outro tipo de sensor acompanha as placas de TV, FM e Captura. Estes não são tão universais quanto os seriais mencionados anteriormete mas servem perfeitamente na maioria dos PVRs existentes.

Figura 2


Na figura 2 acima vemos um modelo de sensor para placa de captura acompanhado do respectivo controle remoto. Este modelo é vendido junto com placas de captura da Pixelview (Play TV Ultra e outras). A conexão à placa é feita por um jack do tipo P1 ou P2.

Um grande inconveniente deste tipo de sensor é que geralmente só o controle que acompanha a placa funciona com ele. Isto se deve ao fato de que a decodificação dos códigos infrared emitidos pelo controle remoto é feita por um microcontrolador presente na placa e não pelo software do PVR. Isto limita em muito a escolha do controle remoto ideal ao PVR pois simplesmente não há escolha.

Por outro lado, o sensor serial aceita qualquer controle remoto que emita códigos infrared padronizados. Neste caso, a decodificação dos códigos fica a cargo de um software (Lirc, Winlirc, Girder, ...) que trabalha em conjunto com o PVR. É, na minha opinião, o tipo de sensor mais adequado para o projeto de um bom PVR.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Nova onda: IP/DVB

Quem curte apontar antenas parabólicas para satélites sabe que o DVB (Digital Video Broadcasting) é o padrão de transmissão de Rádio e TV Digital Europeu. O que talvez não saiba é que este padrão também é utilizado por provedores de internet para a transmissão de dados.

São inúmeros os satélites que tem transmissão de pacotes via satélite no Brasil mas o mais conhecido talvez seja o Atlantic Bird 1 pois foi este satélite o escolhido pela Opensky para oferecer os seus serviços de internet via satélite no nosso país. Representada no Brasil pela Ragio, a Opensky disponibiliza internet unidirecional (somente download) para incrementar os downloads de usuários de acesso discado e até mesmo de banda larga garantindo aos seus clientes taxas de descida bem mais robustas que as obtidas nos sistemas tradicionais (acesso discado, ADSL, cabo, via rádio, ...). Note que por ser um sistema unidirecional torna-se necessário a contratação de um serviço de acesso a internet terrestre para a realização dos uploads (envio de pedidos).

Para contratar este serviço basta ter uma antena parabólica banda ku apontada para o satélite mencionado anteriormente bem como uma placa DVB-s (Technisat Skystar 2, Broadlogic 2030/2035, ...).

Mas quem não está disposto a desembolsar um valor considerável para ter este serviço poderá testar o download de pacotes de graça. Basta instalar um programa chamado SkyGrabber ou outro similar e pegar carona nos downloads dos clientes desta e de outras operadoras de internet via satélite.

Eis alguns satélites com footprint no Brasil que têm bons pids de IP/DVB para serem explorados:

. Estrela do Sul 1 (12054H- 26666);
. Atlantic Bird 1 (11596V - 27500);
. Intelsat 6B (11010H - 27900);
. Amazonas (10975H - 26666; 10975V - 27000, ...).

O SkyGrabber escaneia o transponder solicitado em busca de pids de IP/DVB. Uma vez localizados estes pids o programa passa a identificar os downloads dos usuários e baixa-os para o seu PC. Um sistema de filtros permite selecionar que tipos de arquivos devem ser salvos no HD e quais devem ser descartados. Tem muita pornografia mas de vez em quando aparece algo útil.

Se você está cansado dos canais digitais abertos que não tem nenhum conteúdo o IP/DVB é uma ótima opção para preencher o seu tempo livre.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Placa WinTV-Go da Hauppauge

Hoje recebi uma placa de TV e captura WinTV-Go da Hauppauge que adquiri por um preço bem camarada no Mercado Livre. Cada vez mais comuns no Brasil estas placas de origem alemã são excelentes para quem usa Linux porque são reconhecidas automaticamente durante o boot dispensando até mesmo os parâmetros dos módulos bttv e tuner.

Não bastasse esta vantagem, a placa veio acompanhada de um ótimo Controle Remoto. Excelente para quem pretende usá-lo no acionamento remoto de um PVR como o MythTV, GeexBox ou VDR. As teclas coloridas ao alcance do polegar tem funções importantíssimas para os usuários do VDR e praticamente todas as funções típicas de um bom PVR estão presentes neste controle.

Quando abri uma das embalagens notei que conjugado ao sensor de IR veio um dispositivo chamado IR Blaster. Este dispositivo funciona como um repetidor de sinais IR de controles remotos. Desta forma é possível comandar um receptor de satélite ou conversor de tv a cabo a partir do PVR (MythTV, por exemplo) tratando-o como se fosse uma placa PCI conectada ao slot do PC. Ainda não sei como usá-lo no MythTV mas já imagino utilidades bem interessantes para este dispositivo.

Agora é chegar em casa e testar os novos brinquedos no MythTV e VDR. Em seguida eu posto aqui no blog os resultados.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Blog do Zelito

Quem curte Recepção de canais de rádio e TV via Satélite (DVB e analógico) não pode deixar de dar uma passadinha no blog do Zelito Lima. O blog do camarada está cheio de dicas, truques e conceitos super interessantes para a turma que adora apontar antenas parabólicas para o céu.

No post mais recente ele apresenta um truque bem ao estilo McGiver para sintonizar canais digitais em satélites que operam com polarização circular (caso do NSS 806). Este truque é uma alternativa ao uso da placa dielétrica de teflon.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Integrando Rádio FM no MythTV

Até a versão 0.19 do MythTV era possível sintonizar rádio FM usando o plugin MythFM do projeto MythExtra. Infelizmente o projeto morreu há pelo menos um ano deixando a comunidade órfã deste recurso tão importante. O projeto era composto de 4 plugins: mythmail (leitor de e-mail), mythfm (sintonizador de rádio FM), mythrecipe (receitas culinárias) e mythkaraoke (karaokê).

O plugin MythFM era o mais estável do grupo e possuía os seguintes atributos:

. Busca automática de frequências;
. Edição;
. Sintonia;
. Gravação (MP3 e WAV).

Desde a morte prematura do projeto tenho buscado na net uma solução que substitua o mythFM com qualidade. Tropecei numa dica para placas da série PVR da Hauppauge e que usa o programa ivtv-radio, estilo gambiarra, no site do próprio mythtv . O texto integral da dica pode ser conferido em http://www.mythtv.org/wiki/index.php/Fm_radio. Apesar de ter sido idealizado para as placas PVR não foi difícil implementar uma solução para as placas que usam o módulo BTTV, muito comuns no Brasil. Basta substituir o programa ivtv-radio por fm do pacote fmtools.

Inicialmente devemos instalar o pacote fmtools que contém os programas fm e fm-scan. Em Debian fazemos como root:

# apt-get install fmtools

Em seguida criamos uma entrada no arquivo "/usr/share/mythtv/mainmenu.xml" logo após "Watch TV" com a opção "Play Radio" conforme descrito na dica.

E por último devemos criar o arquivo "/usr/share/mythtv/fmmenu.xml" com o conteúdo apresentado lembrando de substituir a tag action de "EXEC /usr/local/bin/ivtv-radio -f 88.7" para "EXEC /usr/bin/fm 88.7", por exemplo. E na última opção para este menu em vez de "EXEC /usr/bin/mythfm_kill" devemos usar "EXEC /usr/bin/fm off" para desativar o som da emissora sintonizada.

Optei por não usar os scripts mythfm e mythfm_kill definindo as frequências no arquivo fmmenu.xml.

O aspecto final dos menus deve ficar mais ou menos assim:



















Confesso que esta solução não é tão elegante quanto a implementada pelo plugin mythfm mas resolve por enquando a falta de um bom sintonizador de rádio FM para o MythTV. Não há gravador nem sequer um scanner de frequências mas como o objetivo foi tão somente sintonizar as emissoras esta gambiarra quebra o galho.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Plugins do VDR

Todo bom PVR deve apresentar suporte a plugins como forma de ampliar as suas funcionalidades. Assim tem sido com o MythTV e outros do gênero. Com o projeto VDR não poderia ser diferente. A lista completa de plugins para este PVR é enorme e pode ser conferida no site oficial do projeto em http://www.cadsoft.de/vdr/plugins.htm e em http://www.linuxtv.org/vdrwiki/index.php/Plugins. Destacarei neste artigo aqueles que considero mais importantes no uso diário tendo em vista a impossibilidade de apresentar todos eles neste curto espaço.


Analog-TV

Sempre acreditei que o VDR fosse destinado exclusivamente ao sistema digital europeu DVB e que desprezasse os já ultrapassados sistemas analógicos ainda existentes em várias partes do mundo (pal-m, ntsc, pal-n, ...) qual não foi a minha surpresa ao tomar ciência do plugin vdr-analogtv que implementa suporte às placas analógicas dando uma utilidade a mais ao VDR no nosso atrasado Brasil. Importante frisar que o uso deste plugin não dispensa a placa DVB e o hardware ou software decoder de MPEG2.


Femon

Este plugin permite exibir na tela via OSD informações detalhadas sobre o canal que está sendo sintonizado e exibido no momento. Isto é muito útil para extrair dados das streams de áudio e vídeo (frequência, polarização, vpid, apid, bitrate, ...) bem como da qualidade de sinal como a relação sinal/ruído. Esta última ajuda a melhorar e otimizar o apontamento da antena parabólica visando atingir o máximo em qualidade de sinal.


Games

Como ninguém é de ferro não poderia faltar um plugin de jogos para o VDR. Confesso que os jogos para VDR não tem gráficos tão bons quanto os existentes para o MythTV mas só o fato de poder assistir TV e ainda relaxar com o bom e velho Freecell usando o controle remoto já vale a pena. Outros games disponíveis: tetris, snake, spider, paciência, tron, tictactoe (jogo da velha) e minesweeper (campo minado). Note o efeito translúcido do game sobre canal sintonizado.


Image Viewer

Um bom visualizador de imagens para o VDR não poderia faltar. O detalhe deste e de outros recursos multimídia é que o VDR não necessita rodar sob o sistema X Window do Linux para exibi-los. O bom e velho framebuffer da placa DVB Full Featured e/ou das placas de vídeo é suficiente para dar conta do recado de forma leve mas funcional. E se tem algo que aprendi na vida é que quanto mais enxuto é o sistema menos chance há de ocorrer erros ou bugs.


MailBox

Por último um ótimo e indispensável leitor de múltiplas contas de e-mail com suporte a IMAP e POP3 para o VDR. Observe os menus coloridos na parte de baixo da figura e tente associá-los às teclas coloridas do controle remote do artigo anterior.
Na minha opinião este é um dos recursos que mais faz falta no MythTV. Pena que o projeto MythExtra morreu sem deixar um sucessor. Não sei porque até agora ninguém desenvolveu um plugin deste para o Myth que é muito útil nos dias atuais.

Além destes plugins vale a pena mencionar os seguintes: PIP (Picture In Picture), Weather (Tempo), RSS Reader, Calendar, Channelscan e Screenshot.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Um controle remoto para o PVR

Uma das tarefas mais difíceis para quem está montando o seu próprio PVR é encontrar um controle remoto (transmissor) que tenha todas as teclas adequadas às funções do Settopbox. Desde que me interessei por PVRs feitos em casa nunca havia encontrado um controle que atendesse plenamente aos meus anseios até conhecer o site DVBShop. Esta loja virtual tem de tudo para quem pretende montar um PVR digital. Desde placas DVB até sensores IR e controles remotos bem interessantes. Fiquei bastante interessado no modelo abaixo:


Note o conjunto de teclas coloridas (vermelho, verde, amarelo e azul). Estas teclas tem fundamental importância no VDR uma vez que alguns menus deste PVR seguem este padrão de cores presentes em inúmeros controles de hoje (Sky, Pinnacle, Gradiente, Century, ...).

Além disso este controle tem quase todas as teclas fundamentais que um bom PVR necessita:

. Teclado numérico com alfabeto (bom para edição sem teclado);
. Controle de Volume (Vol+, Vol- e Mute);
. Navegação de vídeo (pause, stop, rec, play, forward e rewind);
. Navegação de Menus (Up, down, left, right e Ok);
. Mudança de canais (ch+ e ch-);
. Power (desligamento do STB);
. EPG (Guia de Programação);
. TV/Radio (Atalho para canais de TV ou Rádio).

Só faltaram as teclas MENU e OSD bem como PIP para satisfazer o desejo dos amantes do MythTV. Para o VDR está perfeito pois tem a tecla I que pode ser usada para acessar o menu do sistema enquanto que a tecla Exit permite escapar ou voltar para o menu anterior. A tecla POWER tem uma boa utilidade neste PVR pois ao pressioná-la o STB inicia o processo de desligamento caso nenhuma tecla seja pressionada em 5 segundos. Bem mais interessante do que no MythTV que exige navegação por menus até chegar na opção Shutdown sem direito a cancelar caso se arrependa.

Um outro ponto positivo deste controle remoto é a independência entre as teclas de navegação de menus (up, down, left, right e ok) e as teclas de Volume e Canal. Isto diminui a possibilidade de haver conflito quando da definição das funções de cada tecla. Apesar da diversidade de teclas o tamanho do controle ficou bastante reduzido se compararmos com outros modelos existentes no mercado e deve ser levado em consideração na hora da compra do dispositivo.

Mas nem tudo são flores neste mundo. O preço deste controle até que está muito bom, mesmo em dólar ($ 5,66). Aqui no Brasil um aparelho similar a este não custa menos que R$ 15,00. O problema reside no custo de envio da Europa para cá ficando no mínimo em $ 40,00 pela modalidade mais econômica. Alto demais para quem pretende obter apenas uma ou duas unidades. Estou estudando a possibilidade de adquirir algumas unidades deste controle mais alguma placa DVB para um novo PVR mas tenho medo de que quando o material chegar no Brasil receba a taxação de importação do governo brasileiro que geralmente fica em 60% do valor total (produto mais frete). Assim vai doer mais ainda no meu bolso.

Enquanto isso não ocorre fico imaginando como seria o meu PVR com este controle remoto ...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

LinVDR atualizado

Num post anterior sobre o VDR expus aos leitores do meu blog o sucesso obtido com este PVR a partir de uma distro chamada LinVDR. Apesar desta distro não apresentar atualização desde 2004 tudo funcionou perfeitamente o que me fez investir um pouco mais de tempo no projeto VDR. Ao que tudo indica esta distro morreu no tempo uma vez que parou na versão 0.7. Felizmente deixou herdeiros bem ativos. Descobri uma distro chamada ARVDR que descende da LinVDR com atualizações bem frequentes.

Apesar da página está em russo não tive nenhuma dificuldade em instalar a versão 0.5.2 e como já saiu a versão 0.5.3 vou testá-la para ver o que melhorou em relação a anterior que já está muito boa. Tem um mini tutorial em http://arvdr.free-x.de/wiki/index.php/Install. Nem precisa ler o que está escrito em russo pois basta seguir as imagens apresentadas e em poucos minutos você terá o VDR funcionando em seu micro com novos plugins e skins.

Baixe a imagem iso da última versão neste link http://arvdr.free-x.de/iso e divirta-se.

terça-feira, 19 de junho de 2007

VDR em Inglês

No post anterior ameacei entrar para um curso de alemão só para poder acompanhar o desenvolvimento do VDR mais de perto já que a maioria dos usuários deste projeto fala alemão. Sorte minha que encontrei um site que fala inglês e que tem um ótimo fórum do VDR. Compartilho com vocês leitores do meu blog este excelente e útil foŕum:

http://www.hoochvdr.info/index.php

Para ter acesso aos inúmeros temas deste fórum é preciso se cadastrar gratuitamente. Vale a pena.

Neste fórum tem desde simples dúvidas apresentadas pelos membros como tutoriais completos para implementação de settopbox a partir de distribuições bem populares como Suse, Gentoo e Debian. Tudo muito bem mastigadinho e com todos os arquivos fontes necessários. No momento estou trabalhando na implementação de um STB do VDR a partir de uma distro Debian.

Vamos ver no que é que dá ...

terça-feira, 12 de junho de 2007

MiniDVBLinux: mais uma distro VDR

Encontrei mais uma distribuição Linux voltada para o projeto VDR. Não tive tempo ainda para testá-la mas me pareceu bastante promissora uma vez que há várias opções para download cobrindo inúmeras situações (Full Featured, Budget, Stream Server, Stream Client, ...). Eis o link desta distro LiveCD:

http://www.minidvblinux.uni-klu.ac.at

Pelo visto vou ter que aprender alemão se quiser adotar o VDR como PVR para o meu Set Top Box.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

VDR no Brasil - Parte II

Aproveitei o final de semana prolongado para alterar alguns detalhes do meu STB (Set Top Box) baseado no VDR (Video Disk Recorder). A configuração anterior apesar de modesta dava conta do recado. Só relembrando ei-la:

. Placa mãe PCCHIPS m748lmrt;
. Processador P2 450 MHz (Slot 1);
. HD de 20 GB IDE ATA 100 - 5400 RPMs;
. Leitor de DVD;
. Placa DVB Full Featured Technotrend Premium;
. 128 MB de RAM DIMM PC133;
. Sensor de IR Serial Homebrew;
. Controle Remoto Pixelview Black;
. Fonte AT.

A placa DVB estava apresentando um problema de instabilidade na sintonia de canais. Pesquisando na internet descobri que isto é uma falha de projeto na alimentação do demodulador e que para corrigir o problema era necessário intervir cirurgicamente na placa o que me deixou com uma pulga atrás da orelha.

Decidi adicionar uma segunda placa DVB (Skystar 2 - Rev. 2.3) para resolver este problema e expandir os recursos do STB. Como a m748lmrt só tem um slot PCI e este já estava sendo ocupado pela Placa Technotrend tive que trocar a placa mãe por outra que permitisse a inserção de mais placas PCI. Optei por uma Gigabyte para processadores Celeron D e P4 soquete 478. Encontrei um processador Celeron D 2.13 GHz que estava perdido no meu estoque e que serve e até sobra neste projeto.

Com isso melhorei o desempenho de processamento do STB e ainda de quebra ampliei os recursos oferecidos pelo VDR. Agora posso fazer PIP (Picture In Picture) já que tenho dois tuners e posso agendar no mínimo duas gravações simultâneas em transponders (frequências) diferentes. Dependendo da combinação de transponders posso agendar bem mais do que isso já que alguns transponders oferecem mais de um canal de tv ou rádio (vários pids de áudio e vídeo).

O que mais tem me impressionado no projeto do VDR é a velocidade com que os transponders são ativados (lockados). Tenho usado placas DVB tanto em Linux quanto em Windows e nunca vi tamanho desempenho. Nem mesmo o meu Receptor Coship para o sistema DVB consegue mudar de canal com tamanha rapidez. Outro ponto forte do VDR são os plugins. Há vários plugins bem interessantes (Calendário, Relógio, Jogos, MP3, DVD, VCD, CD, ...) e novos poderão surgir.

O próximo passo será configurar o VDR para comandar uma chave diseqc 4/1 para sintonia de 4 satélites que tenho em mente (Brasilsat B3 e B4, Hispasat 1C e NSS 806 ou PAS 9). Com tal incremento o leque de canais de rádio e tv pularia dos atuais 46 para pelo menos 200. Pena que nenhum dos transponders destes 4 satélites tem serviço de EPG (Electronic Program Guide) o que aumentaria ainda mais o rol de funções do VDR.

Mas isto é assunto para um futuro post ...

quarta-feira, 6 de junho de 2007

VDR no Brasil

Decidi dar um tempo ao MythTV e ao Knoppmyth para me dedicar um pouco ao VDR (Video Disk Recorder). Para quem não sabe o VDR é um projeto da comunidade opensource que visa transformar um PC comum num sistema multimídia com recursos ilimitados a partir de plugins desenvolvidos pela comunidade. Ele tem como centro as placas DVB (Digital Video Broadcasting) muito comuns na Europa e que aos poucos estão se tornando comuns aqui no Brasil graças aos provedores de banda larga via satélite como a raggio.

O que muitos não sabem é que além do serviço de internet via satélite oferecido por vários provedores do Brasil também é possível sintonizar inúmeros canais de TV e Rádio presentes nos vários satélites que tem footprint no Brasil. Isto porque estes satélites transmitem os seus sinais para o Brasil usando o sistema Europeu, chamado de DVB-s. Além dos satélites brasileiros (Brasilsat B2, B3 e B4) inúmeros outros latino-americano e até mesmo europeu operam no Brasil oferecendo canais abertos de rádio e televisão. Uma visita aos sites do Lyngsat e Brasilsat Digital torna-se suficiente para observar que é possível sintonizar pelo menos 26 canais (rádio e TV) digitais abertos somente no satélite brasileiro Brasilsat B4 (o mesmo usado pelos brasileiros para sintonia de canais analógicos). Entusiastas do setor estimam que há pelo menos uns 200 canais a nossa disposição nos vários satélites que cobrem o Brasil.

Quando tomei ciência do VDR fiquei entuasiasmado pois a qualidade de vídeo e áudio dos canais DVB é muito boa (similar a DVD). Infelizmente, tal recurso no MythTV anda meio precário apesar do bom suporte a placas DVB no Linux. Como o VDR já está bem maduro para o DVB pois foi concebido para tê-lo como atrativo principal decidi experimentá-lo. Dei sorte ao topar com uma distribuição Linux chamada LinVDR pelos motivos que listarei a seguir. O objetivo desta distro é justamente facilitar o processo de instalação do VDR que não é dos mais fáceis. Isto porque a maioria dos usuários dele está na Europa e fala alemão. Poucas são as páginas da internet que o menciona em outra língua mais acessível. O próprio LinVDR tem como língua padrão o alemão mas já há algumas partes do site traduzidas para o inglês. Além do LinVDR existem outras distros que facilitam a instalação do VDR: VDRLive e CTDVR ambas em francês.

De início achei o VDRLive bem mais atrativo por causa do seu boot gráfico (Boot Splash) mas como nunca obtive êxito desisti e fui atrás de uma outra opção. Encontrei no LinVDR a solução mais do que satisfatória. Esta distro foi desenvolvida baseada no seguinte requisito de hardware:

. Placa DVB Full Featured (MPEG 2 decoder por hardware e saída TV-Out);
. Receiver serial para controle remoto (Homebrew);
. Controle Remoto da placa DVB WintTV Nexus da Hauppauge.

Por coincidência tenho os três itens da lista. A minha placa DVB é uma Technotrend Premium que já não é mais fabricada mas tem um excelente suporte em Linux e que serviu de base para o projeto VDR no seu início. Hoje o VDR já suporta outras placas DVBs inclusive sem decoder MPEG 2 (Budget) como a Skystar 2 facilmente encontrada no Brasil no site da Ragio. Outra opção elegante é adquirir uma DXR3 (Hardware Decoder para DVD) e combinar com uma Skystar 2. A vantagem de se ter um Decoder MPEG 2 via hardware é que o requisito de CPU cai drasticamente. Veja o hardware que usei para implementar o meu LinVDR Box:

. Placa mãe PCCHIPS m748LMRT;
. P2 450 MHz;
. 128 MB de RAM DIMM PC133;
. HD de 20 GB IDE ATA 100;
. Leitor de DVD;
. Placa DVB Technotrend Premium (MPEG Decoder e TV-out);
. Sensor Infrared Serial Homebrew;
. Controle Remoto (Placa de Captura WintTV da Hauppauge).

Apesar do processador ser bem limitado para a função de captura e execução de vídeo e DVD fiquei satisfeito com o resultado obtido. Claro que tudo isso não seria possível se a placa DVB não efetuasse o trabalho pesado de decodificação MPEG 2 tanto para os canais de TV em DVB quanto para os filmes em DVD.

Para ter o meu Box VDR segui os seguintes passos:

. Baixe a imagem iso mais recente do LinVDR;
. Gravei-a num CD-RW;
. Configurei o SETUP da BIOS para dar boot pelo CD;
. Segui os passos do instalador reservando um HD de 20 GB para a instalação;
. Retirei o CD da bandeja e dei boot pelo HD.

Após a instalação algumas coisas já estavam funcionando como por exemplo o controle remoto e a saída TV-Out da placa DVB. Foi só ligar na TV e já dava para ver os menus OSD com as várias opções oferecidas pelo VDR. Tive que criar na unha um arquivo channels.conf com os canais do Satélite Brasilsat B4 a partir da lista de transponders deste satélite. Para isso usei o seguinte comando em uma outra estação linux (Kubuntu 7.04) dotada do pacote dvb-utils e de uma placa DVB (Skystar 2 da Technisat):

$ scan -o vdr BrasilsatB4-70.0W > channels.conf

Note que tive que criar o arquivo BrasilsatB4-70.0W com a lista de transponders deste satélite para gerar o arquivo channels.conf contendo os canais (rádio e TV).

Feito isso, tenho agora um excelente PVR com bom suporte a DVB e que roda num reles P2 450 MHz que estava encostado quase indo para o sucatão. Com este PVR estou executando as seguintes tarefas:

. Servidor de Arquivos via Samba;
. Sintonia de TV e Radio DVB;
. Gravação de programas de rádio e TV com qualidade digital;
. MP3 Player;
. DVD Player;
. Games (Tetris, Snake, ...);
. VCD Player;
. CD Audio Player.

Ainda falta ajustar alguns detalhes para ampliar os recursos deste PVR mas já estou mais que satisfeito com os atuais. Mas isto é assunto para um futuro post.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Novo PVR: Linux MCE

Estava à toa na net pesquisando sobre PVRs quando me deparei com um comentário sobre o Linux MCE. Fiquei tão entusiasmado com o pequeno comentário que não pude deixar de conferir os detalhes de mais este PVR do mundo Linux. Encontrei este link em que o autor do vídeo mostra o PVR em ação e faz uma ligeira comparação com o Windows Media Center da Microsoft.

Na verdade, eu já conhecia a idéia central do Linux MCE mas sob outro nome. Um projeto similar a ele chamado Pluto me chamou a atenção mas não dei importância imediata por achar que se tratava de um produto comercial devido a beleza do site do projeto. Depois que descobri que o mesmo era baseado em Linux e MythTV decidi fazer o download das imagens ISO mas como ando muito atarefado ultimamente não tive tempo para fazer um teste nesta distro. Já agendei o download do Linux MCE e assim que tiver um tempinho livre farei uma análise mais detalhada de ambos e posto aqui neste Blog.

Enquanto o KnoppMyth tem o Fluxbox como Gerenciador de Janelas e é construído com base no Debian puro, os idealizadores do MCE escolheram a distro Ubuntu como base para a implementação deste projeto. Recentemente eles adotaram o Kubuntu (KDE + Ubuntu) como distro oficial devido a problemas com o Gnome (Gerenciador de Janelas padrão do Ubuntu). Isto deve exigir uma boa máquina (memória e processador) uma vez que o KDE é bem pesado. Pelo visto terei que dá uma incrementada no meu micro se quiser pelo menos testar este PVR uma vez que tenho instalado o KM nele e de vez em quando a situação fica complicada.

Enquanto isso não acontece sigo firme na implementação da minha própria distro PVR baseada em Debian ETCH e MythTV. Até já dei um nome a ela: Mythian. Que tal?

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Novo Knoppmyth: R5F1

Novidade no site do KnoppMyth. Saiu a novíssima versão R5F1 depois de longos meses sem atualização. A nova versão não traz novidades para os usuários do KnoppMyth mas corrige alguns bugs e inconveniências presentes na versão anterior (R5E50).

A barra de progresso do BootSplash está de volta e parece que desta vez temos finalmente uma versão mais ou menos estável uma vez que as anteriores (R5D1 e R5E50) tinham tantos bugs que não poderiam durar muito tempo sequer como versão de teste.

Mas nem tudo são flores na nova versão. Nos primeiros testes que fiz constatei que o problema com o módulo DVB continua instável no funcionamento. Sequer consegui vê-lo funcionar nesta e nas versões anteriores. Desde que abandonei a versão R5C7 perdi esta funcionalidade que é um dos maiores atrativos do MythTV na minha opinião. O scanner de canais até que funciona localizando os canais presentes nos transponders mas quando você tenta sintonizar algum canal listado no módulo TV Live nada aparece. Venho pesquisando há um tempão esse problema em fórums mas não tenho encontrado nenhuma resposta que me leve à solução do problema.

Não testei ainda o sintonizador de canais analógicos (VHF) mas espero que o problema introduzido na versão R5E50 tenha sido resolvido nesta versão. Ao mudar de R5C7 para R5E50 perdi o recurso de rádio FM uma vez que o desenvolvedor do módulo mythFM parou o projeto MythExtra faz mais de ano. Na versão anterior os canais analógicos passaram a emitir um apito no áudio até hoje não explicado por ninguém nos fórums.

Estou trabalhando numa versão baseada em Debian ETCH que deverá ficar pronta em algumas semanas. O projeto básico já está funcional mas falta ainda a parte de perfumaria (Bootsplash, autologin, ...). Assim que tiver tudo pronto ou mais ou menos encaminhado posto aqui um mini tutorial para orientar quem quiser se libertar das versões prontas e altamente consumidoras de recursos do PC.

Quem sabe no próximo Post ...

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Problemas com o R5E50

Depois de muita dor de cabeça com o Knoppmyth R5E50 decidi fazer um downgrade para a versão R5C7. Isto porque após meses de tentativas frustantes tenho notado muita instabilidade nesta versão e não obtive nenhuma resposta aos problemas encontrados no fórum do knoppmyth.

O primeiro grande problema que notei na versão R5E50 foi com relação às constantes quedas do Frontend e do Backend. Há uma solução meio gambiarra chamada de babysitter no fórum do Knoppmyth na forma de um script para ressuscitar o backend quando ele cair aleatoriamente. Não acredito que esta seja a melhor solução para o problema mas parece que é tudo que se pode fazer no momento.

Mas o que mais me frustou foram alguns problemas no módulo "Watch TV". Usando a minha WinTV da Hauppauge o som até que sai nas caixas mas com uma qualidade terrível. Notei que na saída da placa de TV o som é perfeito mas não posso usá-lo pois trata-se de uma versão em tempo real do áudio enquanto que o vídeo exibido é uma versão bufferizada (atrasada). Quando eu faço o loop do som da placa de TV para a entrada de áudio da placa de som o resultado é outro. Também tive problemas com o sintonizador da minha placa de captura DVB (Skystar2 da Technisat). Até consigo scanear os transponders do satélite mas não consigo sintonizar nenhum canal. Na versão R5C7 tudo funcionava bem apesar das limitações de recursos.

Por enquanto, vou voltar a minha velha e boa versão R5C7 ainda desatualizada porém funcional. Quando surgir uma nova versão do Knoppmyth estável e funcional eu migro de vez.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

A briga dos PVRs

O MythTV é um dos melhores PVRs que já conheci mas não é o único. Antes de adotar de vez o Myth como o meu PVR permanente instalei e testei quase uma dezena deles disponíveis na internet tanto em Linux quanto em Windows . Neste post falarei brevemente de alguns PVRs do mundo Linux que concorrem com o MythTV.

O primeiro PVR que tomei ciência e pude apreciar foi o FREEVO www.freevo.org. Simples, leve e solto. Tem módulos bem conhecidos dos usuários do MythTV: Gallery, TV (Guide, record, ...), Video e Music. O lado legal do Freevo é que ele sequer necessita de interface gráfica para funcionar. Sua UI (User Interface) funciona tanto com SDL (Simple DirectMedia Layer) quanto com X11 (Xwindow). Graças a esta particularidade pode ser concebido numa configuração de hardware mais modesta que a necessária para rodar o MythTV. Não é tão completa quanto o Myth mas merece a atenção de quem deseja montar um PVR e está disposto a abrir mão de alguns recursos presentes no MythTV.

Se você adora aproveitar peças velhas para montagem de dispositivos embedded não pode deixar de conhecer o projeto GEEXBOX www.geexbox.org. Imagine um PVR com suporte às tecnologias mais recentes (Stream, TV (analógica e digital DVB), Video, Music, Picture, ...) que roda a partir de mídias como CD, Compact Flash, Pendrive, HD e só consome 8 MB. Confesso que fiquei impressionado com tamanho enxugamento sem perda de performance e recursos. O miolo do projeto está centrado no mplayer e no conjunto de bibliotecas ulibc. O único inconveniente do GB é que a implementação de novos recursos exige habilidades de programação em C e portanto deixa de fora a maioria dos seus usuários. Entretanto, vê-lo em funcionamento já é uma experiência bem agradável.

Outro PVR que me chamou a atenção foi o VDR http://www.cadsoft.de/vdr/. Outro da linha "Prá que Xwindow" que usa os recursos de Framebuffer presente em toda placa de vídeo para exibir vídeos e outros recursos multimídia. O VDR é centrado nas placas com suporte a DVB (Digital Video Broadcasting) que é o padrão Digital de Rádio e Televisão da Europa. Placas como Skystar2 podem sintonizar canais de rádio, televisão e texto presentes nos satélites que transmitem em DVB (Brasilsat B1, B2, B3, B4, Hispasat, NSS806, ...). O VDR aposta nesta tecnologia para implementação de um settopbox capaz de levar o mundo digital ao nosso alcance. Sua implementação não é tão simples quanto o MythTV mas vale a pena testar uma vez que todos os satélites que tem footprint (cobertura) no Brasil usam o DVB como padrão de transmissão. Existe uma distro Linux chamada KANOTIX http://www.vdr-wiki.de/wiki/index.php/Kanotix_-_VDR_Live_CD que traz pré-instalado o VDR. O ponto negativo deste projeto é que ele não tem suporte a TV e rádio analógicos. Ainda existe isso na Europa?

Existem outros bons PVRs tanto para Linux quanto para Windows mas os que mais me cativaram foram os três abordados neste post. Espero ter ajudado algum leitor do meu blog na escolha do PVR mais adequado a sua realidade.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Escolhendo o Hardware para o MythTV

O hardware é a primeira e mais importante escolha para quem quer montar um settopbox baseado no MythTV. Antes de comprar as peças verifique o suporte em Linux de cada uma delas para não ter dores de cabeça futuras. Dê preferência às marcas e produtos que possuem suporte nativo no kernel ou que tenham o código fonte disponível para a comunidade desenvolvedora. Nada mais frustrante que adquirir uma certa placa de vídeo ou captura que não funciona adequadamente em Linux simplesmente porque o fabricante não libera as especificações técnicas do produto para a comunidade. Em alguns casos o fabricante libera o driver para Linux em formato binário. É o caso da Nvidia que oferece driver das suas placas de vídeo em formato binário mas se nega a oferecer o código fonte para que a comunidade melhore o desempenho destes produtos em Linux.

Se você tem dúvidas quanto a escolha do material visite fórums de discussão do Linux e mais especificamente do MythTV e KNOPPMYTH prestando atenção no Hardware informado pelos usuários participantes dos fórums. Em geral qualquer hardware que funcione bem em Linux servirá para o seu settopbox mas dê preferência aqueles que já foram testados por outros usuários do MythTV e KNOPPMYTH. Isto porque os desenvolvedores do projeto MythTV só tem acesso a uma limitada gama de hardwares e tendem a concentrar os seus esforços em torno de um determinado produto. É o caso do grupo KNOPPMYTH que centraliza suas escolhas em torno de dois produtos muito comuns na Europa: As placas de vídeo da Nvidia e as placas de TV e Captura da Hauppauge (PVR-150, PVR-250, PVR-350 e PVR-500). Infelizmente a Hauppauge http://www.hauppauge.com pouco oferece os seus produtos aqui no Brasil mas é possível importar os seus produtos pela internet.

A título de referência eis a configuração atual do meu settopbox:

. Placa mãe GA-8i865GME da Gigabyte para soquete 775 (som, vídeo e rede);
. Processador Celeron D de 2.8 GHz 775 com cache de 256 kb;
. 512 MB de RAM DDR400 - PC3200;
. Placa de vídeo AGP GEFORCE da Nvidia com 64 MB (saída composite e svideo para TV);
. 2 Placas de TV e Captura Wintv-GO da Hauppauge (bt878);
. Gravador DVD LG;
. Gabinete Troni Compacto;
. Sensor de IR serial caseiro=homebrew;
. Controle Remoto Black (vendido com placas de TV da Pixelview);
. Joystick USB (a maioria dos USBs funcionam em Linux).
. TV de 29" da LG com entradas Composite e S-video.


Como o meu gabinete é extremamente compacto (33 x 13,5 x 37 cm) só posso usar placas mãe com tamanho padrão baby (a maioria das onboard). Este gabinete é muito bom para o uso como settopbox porque pode ser instalado tanto na vertical como na horizontal. Sua altura é de 13,5 cm na horizontal e cabe perfeitamente no rack da minha sala de TV e não chama tanto a atenção dos visitantes por ser compacto. Apesar do tamanho reduzido ele aceita qualquer placa de expansão (PCI ou AGP) pois a sua altura está de acordo com estes padrões não requerendo mudança de gasket das placas. Outra coisa boa deste gabinete para o uso como settopbox é o painel frontal que oferece duas portas USB e mais a entrada para microfone e a saída para fone de ouvido. Recursos extremamente interessantes para quem pretende plugar um joystick para os jogos da gurizada.

As duas placas de TV da Hauppauge apesar de já serem ultrapassadas dão conta do recado (TV, rádio FM, PIP, Record, ...). São reconhecidas pelo kernel sem a necessidade de qualquer parâmetro para o módulo bttv pois possuem firmware onboard, caracterísitica faltante nas famosas pixelview (daí o preço mais em conta). Infelizmente estas placas não possuem controlador de IR embutido portanto o jeito foi usar um sensor serial feito segundo descrito no projeto LIRC www.lirc.org. Este sensor é vendido no Mercado Livre www.mercadolivre.com.br a preços bem convidativos. Já o controle remoto afanei de uma placa de TV MPEG2 da Pixelview que comprei mas nunca consegui configurá-la corretamente no Linux. Quem quiser adquirir uma destas pixelview com preço bem em conta pode se aventurar pelo Mercado Livre sempre tendo em mente que é bastante trabalhoso botar tais placas para funcionar em Linux. Com a palavra Davi Dalben http://knoppmythbr.blogspot.com/2006/06/pixelview-playtv-mpeg2-atualizado.html.

É isso aí pessoal. Neste post tentei ajudar os colegas que pretendem construir o seu próprio PVR mas estão cheios de dúvidas quanto a escolha do hardware necessário para a implementação do settopbox. Espero ter contribuido para o aumento do número de fãs do MythTV e estou aberto a perguntas ou comentários.

terça-feira, 10 de abril de 2007

MythTV no YouTube

Se você ficou com água na boca com tudo que andam dizendo do MythTV mas não teve coragem ainda para encarar horas de instalação e configuração aprecie um vídeo promo do Myth no YouTube http://www.youtube.com/watch?v=PxeY14L3O_I.

Depois de assistir a este vídeo você se perguntará porque não criou coragem há mais tempo e pensará no tempo que deixou de usufruir de um PVR á altura de produtos comerciais como o TIVO e o Sky+.

Instalando o MythTV

Lembro-me da primeira vez que tentei instalar o MythTV numa distribuição Debian e do sofrimento que passei. Naquela época não havia distribuições pré-configuradas com o Myth e o jeito era meter a mão na massa instalando os pacotes ou compilando-os a partir do código fonte.

Com o surgimento das distros LIVECD muita coisa mudou. Graças ao pessoal do KNOPPMYTH http://www.mysettopbox.tv bastam alguns minutos e já se tem um sistema minimamente funcional com todos os módulos oficiais e alguns extras bem legais. Até os hardwares mais comuns em PVR vem com suporte pré-compilado no kernel. É o caso de alguns sensores para controle remoto embutidos em placas de TV e Captura bem como HOMEBREW que se conectam na porta serial.

Entretanto, o KNOPPMYTH não é a única forma fácil e rápida de implementação de um PVR baseado no MythTV. Um outro projeto bem interessante baseado numa LIVECD do Fedora oferece a oportunidade de instalar e configurar o Myth sem muita bronca. Trata-se do MythDora http://swik.net/MythDora. Uma primeira diferença entre esta última e o KNOPPMYTH é o tipo de mídia usada para a instalação. O MythDora é gravado num DVD enquanto que o KNOPPMYTH tem imagens para CD apenas.

Se você é amante do purismo existe ainda a possibilidade de instalação e configuração na unha. Um projeto bem interessante que segue esta linha pode ser encontrado em http://www.geocities.com/dlou99/mythtv.html onde o autor ensina como instalar o MythTV no Debian usando o repositório de pacotes DEB. Mas tenha em mente que acrescentar suporte a hardware no kernel de uma distro Debian não é tarefa das mais fáceis. Instalar o MythTV no Debian até que é fácil mas dar suporte a dispositivos como Webcam, sensor de controle remoto, etc pode e irá exigir um pouco mais do usuário.

Recomendo aos usuários mais iniciantes que optem pelo KNOPPMYTH pois é fácil de instalar, configurar e adicionar novos módulos devido à compatibilidade com o repositório dos pacotes Debian. Além do que possui um fórum muito ativo que irá tirar boa parte das dúvidas que surgirem durante e após a instalação.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

MythTV BR está no ar

Olá Pessoal,

Criei este blog porque sou aficcionado pelo MythTV desde 2004 quando consegui pela primeira vez vê-lo funcionando graças ao pessoal do KNOPPMYTH - http:///www.mysettopbox.tv. Desde então tenho dedicado algum tempo para o aprimoramento do meu settopbox.

Não tenho a intenção de competir com o grande Davi Dalben que também tem um blog sobre o Myth - http://knoppmythbr.blogspot.com/ mas tão somente complementar o seu trabalho postando neste blog tudo que achar interessante para os usuários do Myth no nosso país. Digo isto pois constantemente visito o blog do Davi para obter informações muito úteis ao bom funcionamento e aprimoramento do meu settopbox.

Para quem quiser se aventurar no mundo maravilhoso dos PVRs sugiro uma visita inicial ao site do MythTV - http://www.mythtv.org para conhecer o mais livre e completo PVR da atualidade. Claro que existem outros PVRs, tanto para Windows quanto para Linux, mas nenhum deles tem tantos recursos e é tão aberto quanto o MythTV.

Após conhecer o projeto do MythTV uma visita ao site do KNOPPMYTH se torna indispensável pois esta é a maneira mais fácil e rápida de vê-lo funcionando sem muita dor de cabeça. Lá você encontrará uma distribuição LIVECD baseada no KNOPPIX - www.knoppix.org adaptada para a fácil instalação bem como configuração do MythTV. Faça o download da imagem de CD, grave-a e em poucos minutos terá um settopbox poderosíssimo ao seu dispor. Depois é só correr atrás de informações para otimizar ou acrescentar novos recursos.

A notícia está dada. Nos próximos posts falarei de assuntos mais particulares desta maravilha do mundo OPEN SOURCE.